Quais foram os Erros de Jó?

Não tratam-se propriamente de erros de Jó, que supostamente ou especulosamente terá cometidos, para que viessem sobre ele e sobre a sua família todas aquelas calamidades, conforme supunham os seus amigos.

Ele apenas tinha consigo um temor antigo que, como pessoa temente a Deus, não devia possuir por longos anos.

Quando veio sobre ele as calamidades, ele manifestou, logo no início, confessando o que pode se dizer que era “o seu maior medo” na caminhada com Deus:

Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu.
– Jó 3:25, ARC

Esse era seu maior medo, ou temor. Que acontecesse, vindo de Deus, algum mal social ou espiritual com os seus filhos por causa da forma de vida que levavam sobre as riquezas.

Por isso, quando eles terminavam o ciclo de festividade familiar, o registo histórico da Bíblia diz o seguinte:

Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
– Jó 1:5, ARC

Já quando vieram as calamidades, apesar dele questionar com frequência a Deus, que conservava-se no silêncio, sobre se tinha cometido algum pecado ou algum erro, Deus não trouxe aquilo sobre sua vida por eventuais erros que tinha cometido.

Deus aproveitou a ocasião criada por Satanás e trouxe sobre a sua vida os eventos porque podia “mais suportar” do que entender.

Para, por fim, a sua história de vida com Deus ficasse gravada eternamente e servisse de exemplo para as futuras gerações dos seus filhos na fé cristã, conforme está escrito no Livro de Tiago:

Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
– Tiago 5:10-11, ARC

Portanto, não tratam-se de erros, mas da soberania de Deus em manifestação de cumprimento do seus propósitos finais na vida de Jó que serviriam para as nossas vidas em Cristo Jesus.